Por Direito de Ouvir

31 de May de 2014

Tratamento reduz incômodos do zumbido

Diversos fatores podem ajudar a desencadear este sintoma

31 de May de 2014


O zumbido é um "barulho", som nos ouvidos ou na cabeça, mas sem vir do exterior. Este sintoma atinge 17% da população mundial, sendo o maior número em  idosos – um terço das pessoas com mais de 65 anos se queixam do sintoma.

Muitos são os fatores que podem levar ao zumbido, podemos citar alguns como alterações metabólicasproblemas cardiovascularescontração muscular em excessoproblemas odontológicosalguns remédiosestilo de vida inadequado e doenças do ouvido são alguns exemplos, mas estima-se que 200 fatores podem estar ligados ao aparecimento do zumbido. A causa mais comum ainda é a perda da audição. “Nove em cada dez pacientes que sofrem com zumbido têm perda auditiva, porém, vale lembrar que o zumbido não causa surdez, mas a surdez pode provocar zumbido” ressalta Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista e Otoneurologista de Curitiba, PR.

Tratamento multidisciplinar ajuda a reduzir zumbido

Como o zumbido pode ser causado por mais de uma razão e, diversas vezes, por fatores em conjunto, o acompanhamento de profissionais multidisciplinares pode se fazer necessário com o objetivo de descobrir o que realmente está causando o zumbido. Dra. Rita diz que o diagnóstico do zumbido exige uma investigação completa da audição e da saúde geral do paciente. “O primeiro profissional a ser consultado deve ser um otorrinolaringologista especialista no assunto, ou seja, um otoneurologista. Será ele quem fará os encaminhamentos necessários caso o zumbido esteja ligado com fatores psicológicos, com problemas ortodônticos ou à fisioterapia”, diz.

Ortodontia, odontologia, psicologia fisioterapia e fonoaudiologia são algumas das especialidades que atuam em conjunto com a Otoneurologia para cuidar de pacientes que sofrem com o zumbido, pois os tratamentos podem variar de acordo com a causa.

“Para o tratamento correto, é preciso diagnosticar todas as causas e criar estratégias adequadas para tratá-las. O tratamento pode variar desde o uso de aparelhos auditivos, terapia sonora à correção das alterações gerais da saúde do paciente” comenta a especialista.

Dra. Rita alerta que hábitos sedentários, alimentação inadequada, vícios em álcool ou tabaco, exposição a ruídos intensos, e o exagero na ingestão de açúcar, sal, cafeína ou chás também são fatores que podem aumentar os riscos do surgimento do zumbido, dependendo da pessoa.

Além disso, cada paciente percebe zumbido uma forma diferente. “A percepção do ruído é ligada ao sistema límbico, o mesmo responsável pelas emoções. Quando sensações e emoções negativas estão conectadas ao sintoma, o cérebro dá mais atenção ao zumbido” exalta a médica.

Alguns pacientes não se incomodam tanto com o barulho, outros se sentem incomodados a ponto de não conseguirem dormir bem ou de não conseguir realizar suas atividades normalmente. Estudos nos mostram que em cerca de 80% dos casos o zumbido é bloqueado pelo cérebro e a pessoa não sente desconforto, já cerca de 15% dos pacientes sentem incômodos com o zumbido e 5% tem o chamado ‘zumbido incapacitante’, que compromete a vida profissional, social e a saúde.


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