Por Direito de Ouvir

21 de March de 2019

Tudo sobre o sistema auditivo humano

Para entender os problemas auditivos é preciso saber como o sistema auditivo funciona

21 de March de 2019


Em frações de milésimos de segundos, uma onda sonora sai do ambiente externo, passa pelo canal auditivo e chega até o seu cérebro. Esse processo de funcionamento do sistema auditivo é complexo e essencial para que você aprecie o mundo à sua volta, os sons da natureza, as músicas e a fala das pessoas.

Mas será que você conhece tudo que acontece com o seu sistema auditivo para que você possa ouvir sons simples do dia a dia? A seguir, explicamos tudo que você precisa saber sobre o funcionamento da audição humana. Com isso, você poderá prevenir problemas auditivos e preservar esse órgão tão importante.

Anatomia do ouvido

A anatomia do nosso sistema auditivo é extremamente complexa e pode ser amplamente dividida em duas partes: a periférica e a central. Cada parte tem uma função diferente e é essencial para a nossa capacidade de ouvir corretamente. Explicaremos sobre cada uma delas a seguir:

Sistema auditivo periférico

O sistema auditivo periférico pode ser definido como o conjunto de órgãos responsáveis por captar e transmitir o som para as vias auditivas, que fazem parte do sistema auditivo central. O conjunto periférico é composto por três partes essenciais:

Ouvido externo

Formado pelo pavilhão auricular (ou orelha) e o canal auditivo. Seu papel é coletar, amplificar o som e enviá-lo na forma de vibrações para o tímpano. Além disso, é no ouvido externo que a cera de ouvido, é produzida para evitar que microrganismos entrem no canal auditivo.

Ouvido médio

É um espaço pequeno - pouco maior do que um comprimido de aspirina - que normalmente é cheio de ar. O ouvido médio é composto pelo tímpano e por três ossículos: martelo, bigorna e estribo. Essa parte do sistema auditivo amplifica e transforma as vibrações sonoras provenientes do ouvido externo em vibração mecânica. A orelha média também serve para proteger o ouvido interno de sons externos muito altos (acima de 80 dB).

Ouvido interno

O ouvido interno é a parte mais importante do aparelho auditivo periférico e contém órgãos de audição e equilíbrio. Em termos de equilíbrio, são os canais semicirculares que transferem as informações sobre o movimento da cabeça para o cérebro através do nervo vestibulococlear.

Já a parte auditiva é formada pela cóclea, que recebe esse nome por causa de sua forma em espiral, similar a um caracol. A cóclea contém milhares de células sensoriais, as chamadas células ciliadas, conectadas ao sistema auditivo central pelo nervo auditivo.

Essas células merecem uma atenção especial, já que são extremamente importantes para uma audição de qualidade e, ao mesmo tempo, muito frágeis. Elas não se renovam e sofrem uma degradação natural ao longo do tempo. Por isso, é comum o aparecimento de perda auditiva relacionada ao envelhecimento (presbiacusia).

As células ciliadas também podem ser destruídas se forem expostas a um volume excessivo por um longo período de tempo. Então, é preciso monitorar o tempo que você fica em locais com barulho acima de 80 dB.

Sistema auditivo central

O sistema auditivo central é formado por vias e nervos auditivos que carregam os sinais neurais para que eles sejam, finalmente, processados pelo cérebro. Assim, o processo de audição fica completo e a pessoa compreende o que está ouvindo.

Como nós ouvimos?

O caminho que um som percorre ao sair da fonte até chegar ao seu cérebro é complexo e fascinante. Começamos pelas ondas sonoras, que são realmente vibrações no ar. Elas são coletadas pelos pavilhões auriculares e direcionadas para o canal auditivo, fazendo o tímpano vibrar. Este, é extremamente sensível a vibrações sonoras e pode detectar, inclusive, um som mais fraco.

A partir da vibração do tímpano, os ossículos (martelo, bigorna e estribo) se movem no ouvido médio. À medida que isso acontece, as vibrações sonoras são transmitidas para a cóclea no ouvido interno, estimulando as células ciliadas.

Essas células são preparadas para responder à diferentes sons com base no tom ou frequência. Os sons agudos estimulam as células ciliadas na parte inferior da cóclea e os sons agudos na parte superior. Em seguida, cada célula ciliada detecta o tom ou a frequência do som ao qual está programada para responder e gera impulsos nervosos que se movimentam instantaneamente ao longo do nervo auditivo.

Os impulsos nervosos percorrem um caminho complexo no tronco cerebral até chegar ao córtex auditivo, os centros auditivos do cérebro. É nesse momento que as correntes de impulsos nervosos são transformadas em um som significativo.

Todo esse processo acontece quase instantaneamente depois que as ondas sonoras entram pelo canal auditivo, durando apenas uma pequena fração de segundo.

Como acontecem os problemas auditivos?

Imagine a audição humana como uma máquina, onde todas as peças precisam funcionar bem para que ela se movimente. Assim é o nosso sistema auditivo. Para uma pessoa ter a audição normal, todas as partes precisam estar em perfeito funcionamento. Dessa maneira, o som consegue percorrer o canal auditivo e ser processado pelo cérebro sem distorções ou interferências.

Continuando com a analogia, quando alguma peça apresenta defeitos, ela compromete o desempenho geral do equipamento e precisa de assistência. Da mesma maneira, quando algo está errado em alguma parte do seu sistema auditivo, você começa a apresentar dificuldades para ouvir e precisa procurar um profissional.

Inicialmente, para determinar o tipo de um problema auditivo, é preciso identificar qual parte do aparelho auditivo não está respondendo bem. Se o problema é no ouvido externo ou médio, significa que o som não está sendo transferido para a cóclea de forma eficiente. Geralmente, a sensação é de que o som não parece alto o suficiente.

Um exemplo é quando ocorre o acúmulo de cera no canal auditivo. Nesse caso, há uma perda auditiva condutiva pois as vibrações sonoras não são conduzidas de forma eficaz.

Mas, se o problema está entre o ouvido interno e o cérebro, é chamado de perda auditiva neurossensorial. Nesse caso, o canal auditivo nas orelhas externa e média está funcionamento normalmente. No entanto, quando o som chega à cóclea, ele não é processado normalmente porque as delicadas células ciliadas estão danificadas, por problemas no nervo auditivo ou defeitos na cóclea.

Existem muitas causas da perda auditiva neurossensorial, mas as mais comuns são o envelhecimento e a exposição ao ruído excessivo. Esse tipo de perda de audição não pode ser revertida e, na maioria dos casos, os aparelhos auditivos são recomendáveis para melhorar a audição significativamente.

Se notar que algo está errado com o seu sistema auditivo, considere fazer um teste grátis com um profissional da Direito de Ouvir para identificar possíveis problemas auditivos.


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