Por Direito de Ouvir

13 de July de 2018

Como identificar perda auditiva em crianças

Saiba o por que é tão importante

13 de July de 2018


A perda da audição pode ocorrer ao longo de nossas vidas, mas se quiser identificar a perda auditiva em crianças, uma atenção especial entre a primeira fase da infância até o momento da pré-adolescência é muito importante. Isso porque quando a perda de audição é identificada logo no começo, ou precocemente, as chances da criança se desenvolver sem grandes dificuldades é bem maior. É importante que se observe alguns principais pontos ao longo de cada fase de vida da criança.

 Perda de auditiva

Quando uma criança nasce é muito importante que faça o teste da orelhinha (triagem auditiva neonatal), este teste apresenta uma chance de diagnosticar precocemente a perda da audição.

Este é um teste obrigatório desde o ano de 2010, teste que ainda é feito na maternidade, eles colocam um pequeno fone, ligado a um computador, que manda um som de baixa frequência e observa as respostas vindos dos ouvidos médios aos estímulos sonoros.

Se por acaso o teste da orelhinha der positivo, o bebê é imediatamente levado para um médico otorrinolaringologista, que vai falar como deve ser tratado o problema. É essencial para que a criança consiga desenvolver-se socialmente e emocionalmente, pois com o diagnóstico precoce da perda auditiva ela poderá ter a obtenção da fala segura.

O tempo de realizar esse teste varia entre os dois primeiros dias após o nascimento do bebê e até o terceiro mês de vida. Alguns dados de uma academia americana contam que de 1 a 3 bebês a cada mil bebês que nascem são diagnosticados com perda auditiva. E por isso devemos dar bastante atenção a esses testes, pois somente eles podem nos mostrar uma deficiência na audição e evitar com que nossas crianças tenham uma infância prejudicada por um problema que pode ser resolvido.

Porque é tão importante?

Não somente pelo fato de facilitar a comunicação com a criança, mas também para que não possa agravar problemas secundários como:

 Isolamento: A criança pode não se sentir à vontade com outras crianças por não conseguir se comunicar com elas e nem elas comunicarem com sigo mesmo, fazendo assim a criança se isolar e evitar contato social com qualquer um.

 Vergonha: A criança com a perda auditiva pode ter bastante vergonha de se comunicar com outras pessoas, tanto adultas quanto crianças, causando o isolamento e até em alguns casos a depressão.

 Convívio social: Crianças com a perda auditiva descoberta tardiamente pode ter muita dificuldade para se fazer amizades, pois terá sua fala prejudicada e dificulta ainda mais seu convívio quando se frequenta uma escola ou em um meio social com muitas crianças, podendo causar depressão ao longo de sua vida.

Por isso é muito importante que se descubra a perda auditiva o mais rápido possível, pois assim os pais estarão preparados para agir corretamente e podendo dar uma vida normal para seus filhos. Para em alguns casos quando o médico responsável pede o uso de um aparelho auditivo, com a nossa tecnologia facilitando nossas vidas, permite que esteticamente a adaptação com o aparelho seja bem mais fácil e faz com que o aparelho seja imperceptível.

Já na pré-adolescência o cuidado não é diferente, é importante também que a sua família preste muita atenção à criança, para tentar ver se ela mostra qualquer dificuldade de interação ou uma dificuldade de entendimento de algum conteúdo ensinado na escola por seus professores. Podem ser sintomas de perda da audição.

 Por isso é bastante importante, para que em momentos como esse, se faça o exame audiométrico, que se torna uma medida de precaução, medindo se a audição da criança está preservada ou se apresenta algum problema. Esse exame é preventivo e é muito recomendado por médicos para diagnosticar se há qualquer alteração auditiva. Tendo suspeitas de algum histórico da família que possui perda auditiva ou a criança tem alguma infecção nos ouvidos, uma ruptura nos tímpanos, seja por influência ou não de medicamentos, é importante que se faça o exame com urgência.

 Existem outros exames mais complexos também, que podem ser precisos quando existe alguma suspeita de perda da audição, um desses exames se chama imitanciometria e entre outros. Em alguns casos é realizada uma tomografia e radiografia. Caso seja constatada a perda auditiva ou que tenha uma suspeita da deficiência, o processo normal é que se consulte um médico otorrino, que mandará o encaminhamento para um fonoaudiólogo.

 Prevenindo a perda da audição

 Para se prevenir a perda auditiva é importante que mantenha a higiene dos ouvidos saudáveis, não limpá-los com muito cuidado usando os cotonetes, para que os tímpanos não sejam feridos, caso eles sejam, procurem uma emergência mais próxima. É importante também não expormos nossos tímpanos a ruídos excessivos por longos períodos. Especialistas recomendam que os pais deixem somente (no caso de fones de ouvido) 80% do volume máximo, sejam para músicas ou para jogos. Estudos apontam que o som alto é muito prejudicial para a saúde dos tímpanos e podendo se assemelhar com os efeitos da esclerose múltipla.

 É muito importante que, se constatado a perda auditiva, que a criança use o aparelho auditivo (se necessário), pois um estudo que durou um período de 25 anos, mostrou que as pessoas idosas que diziam ter esta deficiência e que não usaram os aparelhos, tinham um risco bem maior de ter demência do que as outras pessoas que tinham perda auditiva (e também as que não tinham perda auditiva) e usaram. Este estudo mostrou que as pessoas que usaram os aparelhos auditivos estavam com a mesma quantidade de risco de ter demência que as pessoas sem perda auditiva, as pessoas que não usaram aparelhos auditivos tinham um risco maior de 21% em desenvolver demência.

 O mais importante de tudo é que os pais deem atenção aos seus filhos, para que possam assegurar o futuro de suas crianças, caso os pais desconfiem que seu filho possa ter perda auditiva, procure um otorrino o mais depressa possível, lembrem-se, quanto mais cedo for diagnosticado melhor será para seu filho, evitando que ele futuramente passe desagradáveis transtornos emocionais.

 


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