Por Direito de Ouvir

25 de November de 2013

Perda Auditiva: Quais os graus?

Os graus da perda auditiva podem variar de pessoa para pessoa

25 de November de 2013


Entre os dois extremos "ouvir bem" e "não ouvir nada", há muitos graus de diminuição de capacidade auditiva. Os termos usados para descrever o grau de perda auditiva são: leve, moderada, severa e profunda. A maior parte se trata de "leve a moderada".

Como é feito o diagnóstico da perda auditiva?

Perda Auditiva: O diagnóstico é feito normalmente por meio de um exame chamado audiometria. Com objetivo avaliar a capacidade do paciente para ouvir e interpretar sons, ele ajuda a identificar possíveis alterações auditivas e permite orientar o paciente sobre as medidas preventivas ou tratamentos mais adequados para cada caso.

O exame deve ser realizado por um fonoaudiólogo devidamente habilitado, pois, esse profissional consegue diagnosticar qualquer anormalidade, medir a intensidade e verificar qual o tipo de perda auditiva pode ter afetado o paciente. A audiometria é um exame preventivo e bastante recomendado para diagnósticos.


O que significa o grau de perda auditiva?

O grau da perda auditiva varia de pessoa para pessoa. Todos os tipos de perda auditiva são classificados em graus: leve, moderado, severo ou profundo. Leve a moderado são os graus mais comuns de perda auditiva. As perdas auditivas condutivas são raras nos graus severos e profundos.

Pessoas que ouvem em torno de 20 decibéis têm audição considerada normal. A partir daí, são definidos alguns graus de perda auditiva:

 NORMAL (0 A 20 dB) – Ouve todos os sons normalmente

 LEVE (21 A 40 dB) – Quando uma pessoa tem incapacidade de ouvir sons suaves e dificuldade para entender a fala e alguns sons como o canto dos passarinhos, principalmente em locais com muito ruído

 MODERADA (41 A 70 dB) – Neste caso, há dificuldade para ouvir o latir do cachorro, bebê chorando, aspirador de pó e outros ruídos mais altos e incapacidade de compreender a fala

SEVERA (71 A 90 dB) – Pessoas com este tipo de perda auditiva não conseguem ouvir o o toque do telefone, compreender a fala, por exemplo

 PROFUNDA ( > 91 dB) –  Já as pessoas com perda auditiva profunda não ouvem sons considerados muito altos como uma máquina de cortar grama, um caminhão, a turbina de um avião. Alguns sons extremamente altos são audíveis, mas a comunicação sem o aparelho auditivo é impossível.


Como a perda auditiva pode afetar a vida de uma pessoa?

A perda da audição afeta a vida de uma pessoa de diversas formas. Se ela é adulta, o principal ponto a ser comprometido é a comunicação. A pessoa com perda auditiva tem dificuldade de interagir com outras pessoas e, normalmente, acaba se isolando. Por que ir a uma reunião familiar se ela não entende o que as pessoas ou dizem ou se até mesmo é alvo de brincadeiras ou chacotas?

Por isso a perda também está muito relacionada a casos de depressão. Quem tem perda auditiva também tem mais chance de desenvolver demências e Alzheimer – uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina Johns Hopkins, dos Estados Unidos, mostrou, por exemplo, que a cada dez decibéis perdidos de audição, os riscos de demência aumentam 27%. Saiba mais!

No caso das crianças, a deficiência auditiva pode provocar atrasos no desempenho escolar e também no desenvolvimento da linguagem – na maioria dos casos, para aprender a falar a criança precisa ouvir. E, de uma maneira geral, a audição tem um papel importante para a segurança. Na rua, ela nos alerta sobre a vinda de um carro, um ônibus. Dentro de casa, pode ser uma sirene de incêndio. Quem não ouve não tem esse “alarme natural”.

Como é realizado o tratamento da perda auditiva?

O tratamento para a perda auditiva depende da causa. Se a surdez for provocada por problemas na membrana do tímpano, por exemplo, pode ser necessária uma cirurgia. Caso ela seja provocada por uma obstrução causada pela cera compactada, uma limpeza feita por um otorrinolaringologista pode ser suficiente.

Se a perda auditiva for causada pelo envelhecimento natural – a chamada presbiacusia – entram os aparelhos auditivos. Pouco a pouco, o preconceito sobre estes dispositivos têm diminuído. Cada vez menores e mais potentes, eles atendem diversos tipos e graus de perda auditiva. E ainda tem funções impressionantes: há aparelhos no mercado que “sincronizam” com celulares, tablets e TVs. É possível, por exemplo, ouvir música ou atender o telefone direto pelo aparelho auditivo. 

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