Por Direito de Ouvir

07 de March de 2014

Como se comunicar melhor com perda auditiva?

Confira dicas que podem ajudar você a se comunicar de uma maneira mais eficiente

07 de March de 2014


Pessoas com perda auditiva sabem que nem sempre é fácil se comunicar. Por mais que a tecnologia dos aparelhos auditivos tenha avançado, eles não conseguem reconstituir 100% a audição natural. Algumas estratégias, no entanto, podem ajudar pessoas com deficiência auditiva a se comunicar de uma maneira mais eficiente. Confira:

  • Seja direto. Conte as outras pessoas que possui perda auditiva e deixem-nas saber qual a melhor forma de comunicar-se com você (falar devagar, olhar para você enquanto fala, entre outras);
  • Deixe os barulhos de fundo no mínimo. Por exemplo, abaixe a TV ou o rádio, evite ventiladores ou água corrente durante as conversas;
  • Mova-se para mais perto do interlocutor. Em grandes grupos, tente posicionar-se ao centro. Em locais com muitas pessoas, como uma igreja ou palestras, sente-se na frente da sala;
  • Utilize equipamentos para suporte a audição se disponíveis;
  • Posicione-se de modo que possa ver o interlocutor. Ouça as palavras-chave do contexto. Normalmente não é necessário ouvir cada palavra para ouvir a conversa;
  • Ouça as inflexões da voz de quem fala. Uma inflexão crescente normalmente significa uma pergunta sendo feita. Peça às pessoas que se repitam caso não entenda o que foi dito.

Perda auditiva é comum

Estima-se que 5% da população brasileira possua deficiência auditiva. Na semana em que é comemorado o Dia Nacional do Surdo e do Deficiente Auditivo, a Direito de Ouvir faz um alerta: é fundamental buscar ajuda assim que a perda auditiva for constatada!

No Brasil, 9,7 milhões de pessoas – de acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, em 2010 – têm algum grau de perda auditiva. Deste total, cerca de 2 milhões possuem deficiência auditiva severa (1,7 milhões têm grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos), e 7,5 milhões apresentam alguma dificuldade auditiva. No que se refere à idade, cerca de 1 milhão de deficientes auditivos são crianças e jovens até 19 anos.

Na maioria dos casos, a perda auditiva é "tratada" com o uso dos aparelhos auditivos. A adaptação às próteses requer paciência, pois com normalmente o paciente começará a captar sons que antes não ouvia e isso pode causar um estranhamento. Durante o processo de adaptação, é fundamental a realização de ajustes no dispositivo. Além disso, esta etapa também requer o apoio e a persistência familiar, ensina. Ações simples, como falar de frente para o paciente, não colocar a mão sobre o rosto e não falar rápido e alto ajudam muito nesta fase.

Confira algumas dicas que podem facilitar a adaptação ao aparelho auditivo

  •  Comece a usar o aparelho gradualmente. Use-o em casa durante períodos curtos e vá aumentando conforme se sinta confortável;
  •  Acostume-se aos poucos. Não tenha pressa. É normal estranhar os sons;
  •  Quando estiver em casa, treine identificar os sons. O barulho do relógio, os passos dos moradores, a água na torneira, por exemplo;
  •  Pratique o reconhecimento da sua voz lendo alguma coisa em voz alta;
  • A medida que for se adaptando, amplie a conversação para mais pessoas. Preste atenção nos timbres de voz diferentes;
  • Se for assistir TV ou rádio, comece por ouvir programas com menos vozes.

Se sentir dor ou qualquer incômodo, procure sua fonoaudióloga.


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