Por Direito de Ouvir

05 de March de 2014

Estudo relaciona surdez e demência em idosos

Idosos com problemas de surdez têm mais chances de desenvolver demência

05 de March de 2014


Pessoas idosas com problemas de surdez têm mais chances de desenvolver demência, afirma uma pesquisa publicada no periódico Archives of Neurology por cientistas da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, dos Estados Unidos. De acordo com o estudo, a cada dez decibéis perdidos de audição, os riscos de demência aumentam 27%.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram dados médicos de 639 pessoas com idades variando entre 36 e 90 anos - nenhuma delas sofriam de demência. Os participantes foram inicialmente submetidos, de 1990 a 1994, a avaliações mental e auditiva. Na fase seguinte, que se estendeu até 2008, foi realizado novo acompanhamento, em busca de sinais de demência.

Perda auditiva x Alzheimer

Do total de voluntários, 125 estavam afetados por leve deficiência auditiva, 53 estavam moderadamente surdos e seis padeciam de uma importante perda auditiva. Além disso, foram diagnosticados 58 casos de demência - 37 deles com Alzheimer. Os especialistas estabeleceram, então, uma correlação entre envelhecimento, perda da audição e aumento do risco de senilidade.

Entre os participantes de 60 anos ou mais, 36,4% dos riscos de desenvolver demência estavam vinculados à perda da audição, indica a pesquisa. Já o risco de surgimento de Alzheimer aumenta 20% a cada dez decibéis de perda de capacidade auditiva.

Os resultados não provam que a perda de audição é a causa da demência. Mas, segundo os médicos, sugerem que cuidados com o aparelho auditivo pode  impedir o aparecimento de doenças como o Alzheimer. "A perda da audição pode estar vinculada à demência em consequência de um esgotamento das capacidades mentais e do isolamento social ou a uma combinação de ambos", diz Frank Lin, coordenador do trabalho. Ele lembrou que um estudo de 1980 já havia chegado à mesma conclusão, mas a nova pesquisa foi a primeira a seguir o histórico de voluntários por vários anos.


Perda auditiva está ligada à depressão

Pessoas com perda auditiva e que não usam aparelho auditivo têm 5% mais chance de desenvolver depressão se comparados a pessoas que fazem uso das próteses. Ou seja: o uso da prótese auditiva ajuda a prevenir casos de depressão

É o que revelou um estudo conduzido pelo Conselho Americano sobre Envelhecimento, com 2.304 pessoas, e apresentado na Convenção da Associação Americana de Psicologia de Toronto, no Canadá.

O isolamento social também pode aumento o risco de desenvolver algum tipo de demência. O problema é que os problemas auditivos na terceira idade frequentemente não são tratados porque não recebem a devida importância ou não são vistos como uma doença.

De acordo com a pesquisa, pessoas com perda auditiva esperam, em média, seis anos depois do aparecimento dos primeiros sinais de perda de audição para procurar ajuda médica. Elas desconhecem o fato de que, quanto antes o déficit for identificado e tratado, menos capacidade de ouvir seja prejudicada. Deixar de tratar a perda auditiva pode acarretar uma série de consequências que estão muito além da simples incapacidade de escutar. O declínio da audição pode acelerar as atrofias da massa cinzenta e até interferir na taxa de mortalidade dos pacientes.

Se pararmos para pensar, os aparelhos auditivos não só melhoram a audição, mas também contribuem para a preservação das funções cerebrais.

Leia mais sobre o estudo aqui.
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Baseado em: www.fonodanischepi.blogspot.com.br


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