A fonoaudiologia foi regulamentada como profissão na década de 80, sendo assim uma profissão relativamente jovem. Sua importância é fundamental na vida das pessoas desde o nascimento, onde os bebês são monitorados logo após o nascimento com o teste da orelhinha e linguinha.
Porém, muitos conhecem o trabalho deste profissional quando as crianças já estão em idade escolar. Pois, nesta fase, o fonoaudiólogo auxilia na aquisição de fala, nas trocas fonêmicas e defluências ou famosas gagueiras.
O fonoaudiólogo também desenvolve atividades voltadas a promoção de saúde, prevenção, orientação, avaliação, diagnóstico, terapia de crianças, adultos e idosos.
Um pouco menos conhecido, mas tão importante quanto, é o trabalho deste profissional com o público idoso. Independente se a alteração se deu por consequência de alguma patologia ou de forma natural por envelhecimento, o fonoaudiólogo pode ser de fundamental importância para esse público.
Dentre outras coisas, o trabalho com os idosos envolve tratamentos como disfagia ou dificuldade para deglutir, assim como na melhora da mastigação e respiração evitando possíveis engasgos e até futuras pneumonias. Auxilia no tratamento de doenças como demências, Parkinson e Alzheimer, também em distúrbios da fala, linguagem, memória e raciocínio.
Na reabilitação de pacientes que sofreram AVC (acidente vascular cerebral), onde principalmente em idosos a fala fica prejudicada, o fonoaudiólogo tem a habilidade de reestabelecer esta comunicação através da fala, leitura e escrita.
Em relação aos sintomas do envelhecimento natural esperado após os 60 anos, o fonoaudiólogo trata da perda auditiva chamada de presbiacusia. Tal perda acontece naturalmente, devido ao “desgaste” auditivo por conta da idade e geralmente age de forma progressiva.
Por isso, é importante que o idoso esteja atento a estes sinais para quando for necessário, se dirigir até um profissional especializado e verificar as possibilidades para começar a fazer o uso dos aparelhos auditivos.
O diagnóstico de perda auditiva é realizado através de exames auditivos como audiometria, imitanciometria e logoaudiometria. Caso necessário, será pedido exames de imagem e laboratoriais.
Com o diagnóstico da perda auditiva o paciente poderá ser encaminhado a adaptação de aparelhos auditivos que, assim como os exames acima citados, também é feito pelo fonoaudiólogo.
Tanto os exames, quanto a adaptação para uso de aparelhos auditivos, quando feitos em período adequado, evitam a diminuição da capacidade cognitiva que podem ter como consequência a demência.
Segundo pesquisas realizadas, a cada dez decibéis perdidos de audição o risco de demência aumenta em 27%. Os isolamentos sociais também se tornam perigosos quando o público é a terceira idade, pois aumentam o risco de depressão.
Diante de tantos riscos à saúde o idoso e sua família devem estar atentos aos sinais do envelhecimento e buscar ajuda profissional logo nos primeiros sintomas, tendo em vista sempre um envelhecer com qualidade de vida.