Por Direito de Ouvir

10 de November de 2014

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

Campanha busca conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar da saúde auditiva

10 de November de 2014


No dia 10 de novembro é comemorado no Brasil, o Dia de Prevenção e Combate à Surdez, e por esse motivo, em 2014 a Campanha Nacional de Saúde Auditiva ocorre pelo terceiro ano consecutivo, e tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância do cuidado com a saúde auditiva.

Causas da Surdez

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) cerca de 400 milhões de pessoas no mundo sofrem de perda auditiva. Dessas, quase 38% estão acima de 65 anos e 8% são crianças e adolescentes que tem até 15 anos de idade.

No Brasil, a perda auditiva, que pode ser popularmente chamada de surdez, é uma das deficiências mais comuns. Estima-se que o número de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência auditiva chegue a 10 milhões, de acordo com o IBGE, e a cada mil recém-nascidos, três já nascem com perda auditiva.

A causa da surdez pode estar relacionada à diversos fatores: genéticos, ambientais ou decorrentes do envelhecimento. Nas crianças, as doenças infectocontagiosas, como meningite e rubéola, são potenciais desencadeadores da perda auditiva. Neste caso, a criança com dificuldade auditiva pode perder estímulos importantes para o seu desenvolvimento, que envolvem o aprendizado, a comunicação e a socialização.

Mas ainda há outro fator: Estudos elaborados por universidades de todo o mundo, mostram que a perda de audição tem se tornado cada vez mais comum entre a população jovem. A causa? A poluição sonora das ruas, as vozes e ruídos intensos no trabalho e o mais prejudicial e perigoso: o som alto que sai dos fones de ouvido conectados ao iPod ou aparelho MP3. A perda auditiva gradual é comum a partir da terceira e quarta décadas da vida e com o abuso de tecnologias sonoras, os jovens acabam acelerando esse processo.

Prevenção

São muitos os ruídos que fazem parte do nosso cotidiano e que podem prejudicar a saúde dos nossos ouvidos e a nossa capacidade auditiva: Música alta, buzinas, carros de som com propagandas ou carros com escapamento defeituoso. Cuidados simples podem prevenir perdas irreversíveis na nossa audição, como evitar a exposição a sons altos por mais de 8h diárias.

A poluição sonora é considerada um dos problemas ambientais mais graves, perdendo apenas para a poluição das águas e ficando a frente da poluição do ar. A informação é da Organização Mundial da Saúde, que alerta que o som não deve ultrapassar 70 decibéis (dB). Acima de 85 dB, este ruído já se torna uma ameaça à saúde e pode começar a comprometer a estrutura da audição, levando à surdez.

Além disso, ainda existem algumas dicas para cuidar da saúde auditiva, como por exemplo: Exigir que o “teste da orelhinha” seja aplicado em seu bebê recém-nascido. Além do “teste do pezinho”, a criança também deve passar pela Triagem Auditiva Neonatal (TAN), também conhecida como “teste da orelhinha”, preferencialmente antes da alta hospitalar, para saber se o bebê possui algum comprometimento auditivo; e fazer a audiometria, exame auditivo realizado por um fonoaudiólogo, sob indicação de um otorrinolaringologista.

O ideal é que todos façam uma avaliação audiológica por ano, para determinar se existe perda auditiva em um ou ambos os ouvidos em frequências essenciais para o desenvolvimento normal da linguagem e da fala.

Outro cuidado que podemos ter é manter hábitos saudáveis como: fazer atividades físicas regularmente, e ter uma alimentação saudável. Frutas ricas em potássio, mineral responsável por suportar a transmissão de impulsos nervosos e que pode influenciar na transmissão do som, são um exemplo do que não pode faltar no cardápio.

Uso de próteses auditivas

Caso a surdez seja diagnosticada, o uso de aparelhos auditivos pode ser indicado. As próteses têm uma papel importante no resgate da qualidade de vida das pessoas. Afastam doenças, reduzem o isolamento social e oferecem benefícios que estão muito além da reabilitação auditiva. Por isso, recomenda-se que as pessoas com perda auditiva não adiem a adaptação dos aparelhos.

Confira na tabela o tempo de exposição sonora diária permissível para o nível de pressão sonora ambiental (Tabela Pressão Sonora / Exposição Diária Permissível)


Nível de Pressão Sonora - NPS dB (A)

Máxima Exposição Diária Permitida
858 horas
904 horas
1001 hora
10530 minutos
11015 minutos
11210 minutos
1148 minutos
1157 minutos




Em casos de perda da audição, procure um médico especialista o mais rápido possível.
Nós usamos seus dados para analisar e personalizar nossos anúncios e serviços durante sua navegação em nossa plataforma. Ao continuar navegando pelo site Direito de Ouvir você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las