Por Direito de Ouvir

09 de April de 2015

Perda auditiva relacionada à idade é normal?

Com o envelhecimento do corpo, o risco de perda auditiva aumenta

09 de April de 2015


Dentre os diversos fatores que contribuem para a perda auditiva, a idade é uma causa que ganha destaque. Isto porque, com o envelhecimento do corpo, algumas células vão se degenerando, não funcionando como antes. No caso da audição, as células ciliadas presentes no ouvido, vão piorando a audição com tempo. “Esse processo é conhecido como presbiacusia, sendo comum e até esperado a partir dos 60 anos”, comenta Andréa Varalta Abrahão, fonoaudióloga responsável pela clínica Direito de Ouvir.

Segundo Andréa, o tamanho desta perda é o que varia de caso para caso. “A intensidade desta perda é variável e de acordo com o estilo de vida que a pessoa leva. Se ela se expõe a intensos ruídos tanto de fone de ouvido quanto do próprio trabalho e outros tantos fatores, o tamanho da perda pode ser maior”.

Por ser um processo natural, a perda auditiva pela idade não é doença, mas precisa ser tratada. Geralmente, o tratamento é feito com aparelho auditivo, prevenindo uma possível surdez ou problemas mais graves.

Tipos de Presbiacusia

Existem várias classificações desta perda auditiva provocada pelo envelhecimento natural. Confira:

Presbiacusia Sensorial – É considerado o tipo mais comum: uma perda auditiva neurossensorial bilateral e simétrica, que começa na meia idade e determina queda auditiva em sons agudos. O zumbido pode ser um fator comum.

Presbiacusia Neural – É uma perda auditiva progressiva e rápida, que deixa os idosos com grande dificuldade para entender a fala. Neste caso, acontece uma redução dos chamados neurônios cocleares, que pode ser relacionada com dificuldade de coordenação motora e déficits cognitivos.

Presbiacusia Metabólica – Acontece quando há uma perda neurossensorial com uma curva plana e a manutenção da discriminação da fala. Quando os limiares auditivos ultrapassam 50 dB, a discriminação começa a cair.

Presbiacusia Mecânica (coclear condutiva) – Neste caso, há um problema na coclear devido enrijecimento da membrana basilar e alteração nas características de ressonância do duto da cóclea.


A importância do tratamento

Além da questão da qualidade de vida social, a perda da audição na terceira idade pode ter como consequência uma surdez neural. “Se uma pessoa vai perdendo a audição ao longo dos anos, ela pode perder também a capacidade cerebral de reconhecer determinadas palavras”, comenta Andréa. Isso acontece porque a privação do som desabitua a área cerebral responsável pela audição.  Neste caso, o problema se torna mais complicado de reverter.

Na semana em que se comemora o dia do Surdo e Mudo, diversos especialistas alertam sobre a importância de cuidar da audição. De acordo com a fonoaudióloga Andréa, cuidar da audição é tão importante quanto cuidar da visão. Da mesma forma que esta última impossibilita diversas atividades sociais, a audição tem também suas limitações. “A privação sonora na terceira idade é um problema sério, pois, o idoso necessita do social por estar em um momento delicado com a aposentadoria”, alerta Andréa acrescentando que com a perda da audição, os idosos começam a se isolar por não serem capaz de se comunicar.

Contribuindo para a manutenção da qualidade de vida do idoso, a boa audição pode prevenir, além dos problemas mencionados, depressões e outros tantos problemas psicológicos. Saiba mais sobre as consequências da presbiacusia aqui.

Como identificar a perda auditiva?

Alguns sinais podem indicar que uma pessoa tem perda auditiva. Por exemplo:

O idoso sempre pede aos outros para repetirem o que foi dito?
Tem amigos ou familiares que dizem que ele não ouve bem?
Deixa a TV ou o rádio em volume mais alto do que os outros?
Tem dificuldade em entender conversas com ruídos ao fundo?
Tem dificuldades em acompanhar conversas em grupo?
Tem dificuldade em identificar de onde os sons estão vindo?

Se o idoso responder "sim" a mais de três questões, há probabilidade que ele tenha perda auditiva. Vale sempre lembrar que em casos assim o ideal é que ele e a família conversem com um profissional de saúde auditiva, que poderá indicar qual caminho seguir.


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