Desconforto. É esse o sentimento que vibra em cada parte do corpo ao agendar um horário para atendimento na Direito de Ouvir, porque ninguém está realmente confortável na posição de usuário de aparelhos auditivos. O peito estremece, as mãos suam frias e os pensamentos se dividem: metade deles respira aliviado por ter uma solução para um problema; outra metade não queria sequer enfrentar esse problema... Não é?
O desconforto vai cedendo espaço para o sentimento de
acolhimento. A acolhida da Direito de Ouvir é sincera e calorosa já no primeiro
contato, com as meninas do agendamento. Há atenção aos detalhes, há cuidado nas
perguntas: você já usa aparelhos auditivos?; possui audiometria recente?;
tem algum ruído
ou sente algum desconforto?; como mais podemos te ajudar?. Chamam pelo nome.
Respeitam a condição.
Do agendamento ao atendimento, a experiência vai ficando
calorosa e ainda mais humana. Todo profissional envolvido se mostra prestativo.
Aos poucos vão eliminando os medos, vão calando as angústias e apresentando um
universo imenso de possibilidades – você se sente único. Se sente entendido.
A didática também chama atenção. Sem pressa, a consulta se
estende. Fazem a audiometria – respeitando o nosso tempo, explicam cada detalhe
dos resultados encontrados, tornando facilmente entendível aqueles gráficos
estranhos. É possível VER aquilo que não se OUVE, é possível enxergar as
melhorias que o aparelho auditivo pode nos dar.
Falam dos cuidados da
audição e das preocupações do não-ouvir. Olham nos olhos. Explicam com
carinho. Acolhem nossos medos e abraçam nossos receios. Tiram um pouco a
vergonha de cima dos nossos ombros – afinal, não há motivo para se envergonhar,
há?
Nos tratam como ímpares que somos. E mostram, o tempo todo,
que mais que o direito de ouvir, temos o direito de nos sentirmos bem, de nos
sentirmos confortáveis dentro da condição que temos. E é esse conforto que
oferecem ao nos ceder os sete
dias de teste, sem custo algum.
Com toda paciência, explicam tudo outra vez, dessa vez com
os aparelhos no ouvido. Ajustam o aparelho para nosso nível de perda auditiva,
perguntam como estamos sentindo, reajustam o que for, quantas vezes forem
necessárias – diretamente ou remotamente, no que for pedido. Falam dos cuidados
com o aparelho auditivo, mostram a conectividade que nos encanta e facilita
a vida.
Apresentam um mundo novo e se emocionam ao nos ver perceber
esse novo mundo.
Que é nosso. Ruidoso, barulhento, inclusivo. Com a Direito
de Ouvir que nos pertence; fazendo sentir
e sentido.
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Curiosa e criativa, descobriu o mundo quando passou a
ouvi-lo melhor.