Por Direito de Ouvir

31 de July de 2017

Analgésicos e perda auditiva estão relacionados

Entenda a correlação entre o uso de analgésicos e a deficiência auditiva

31 de July de 2017


Tomar analgésicos para diminuir algum tipo de dor é algo muito comum no Brasil e também ao redor do mundo. Isso porque os analgésicos são compostos por uma variedade enorme de medicamentos que diminuem ou interrompem a percepção da dor pelo nosso sistema nervoso.

No entanto, pesquisas já vem demonstrando que o uso dessas substâncias com frequência pode causar dependência. Além disso, como toda classe de remédios, não se deve fazer uso de analgésicos sem prescrição médica.

Porém, de acordo com um recente estudo realizado nos Estados Unidos, os efeitos colaterais desses inibidores podem ser ainda mais graves do que imaginamos, podendo atingir até mesmo o sistema auditivo humano.

Segundo pesquisadores do Brigham and Women´s Hospital (BWH), filiado da Universidade de Harvard – uma das mais respeitadas instituições de ensino do mundo -, existe uma possível correlação entre o uso de analgésicos por mulheres e o desenvolvimento de deficiência auditiva.

De acordo com o que foi observado, analgésicos como ibuprofeno e paracetamol são bastante perigosos, e 16,2% das mulheres que participaram do estudo desenvolveram deficiência auditiva em consequência do longo período de uso de tais medicamentos.

A relevância do estudo é ainda maior quando analisados o número de casos analisados e a faixa etária. Ao todo participaram 54 mil mulheres norte-americanas, com idades que variaram entre 48 e 73 anos. Além disso, os medicamentos observados foram aspirina, ibuprofeno e paracetamol.

Os resultados obtidos pela pesquisa foram suficientes para estabelecer uma correlação entre o uso de analgésicos e a deficiência auditiva entre mulheres que faziam uso desse tipo de medicamento durante um período de 6 anos, ou acima disso.

Nos casos de uso esporádico e de baixa frequência, não foram encontrados vestígios claros que fossem suficientes para estabelecer essa mesma correlação. Além disso, de acordo com os pesquisadores, a aspirina não apareceu como causa da perda auditiva nos estudos. Contudo, a deficiência auditiva é ainda considerada um provável efeito colateral do uso desse medicamento.

Além dessa classe de medicamentos, existem outros que também podem causar perda auditiva grave. São os remédios considerados ototóxicos. Estima-se que existam cerca de 200 remédios pertencentes a esse grupo. Dentre eles os mais comuns são: antibióticos aminoglicosídeos, salicilatos, quinino, agentes antineoplásicos e diuréticos de alça. Na maioria dos casos, a ototoxicidade é temporária e não causa distúrbios por longos períodos, mas é importante ressaltar que o uso inadequado deles pode provocar prejuízos à audição.

Por isso, sempre se consulte com um médico antes de fazer uso de medicações. Isso certamente ajudará a prevenir complicações indesejadas e inesperadas!

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