Por Direito de Ouvir

06 de December de 2017

Perda auditiva é uma das deficiências mais comuns

A dificuldade de ouvir afeta 10 milhões de pessoas no Brasil

06 de December de 2017


A perda auditiva é uma das deficiências mais presentes em crianças e adultos. A dificuldade de ouvir afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, ou seja, cerca de 5% da população, e deste total quase 2 milhões de pessoas apresentam grau severo. A Organização Mundial de Saúde estima que 42 milhões de pessoas com mais de três anos são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva, de grau moderado a profundo, mas apenas 40% reconhecem a doença.

A causa da surdez está relacionada com fatores genéticos, envelhecimento ou ambientais, como a exposição a sons de alta intensidade por um longo período da vida. Nas crianças, as doenças infectocontagiosas, a exemplo da meningite e da rubéola, são potenciais desencadeadores da perda auditiva. Neste caso, a criança com dificuldade auditiva pode perder estímulos importantes para o seu desenvolvimento, que envolvem o aprendizado, a comunicação e a socialização.

Segundo o fonoaudiólogo André Luís da Silva, a falta de informação e o preconceito fazem com que a maioria dessas pessoas demore a tomar uma providência. “Isso pode atrapalhar o processo de adaptação. A partir do momento em que o deficiente auditivo começa a usar os aparelhos auditivos, ele inicia um processo de “reaprender a ouvir”. Durante o período de adaptação, é importante que o paciente tenha sempre o acompanhamento médico e fonoaudiológico, pois passará a ouvir sons e estímulos que não estavam sendo percebidos há algum tempo”, explica.

O especialista alerta ainda que a família e os amigos têm um papel muito importante para o incentivo do deficiente auditivo à continuidade das atividades do dia a dia. “O ideal é sempre incluir o usuário do aparelho auditivo nas conversas de rotina, e nunca deixá-lo isolado ou constrangido, uma vez que essas características estavam presentes em sua vida antes da colocação da prótese”, ressalta André Luís.

Além disso, o fonoaudiólogo destaca algumas dicas importantes para ajudar na comunicação do deficiente auditivo e melhorar a convivência familiar. “Fale pausadamente, preferencialmente de frente para a pessoa; não grite e nem fale de costas. Se a pessoa não compreender bem, repita o que foi dito, empregando palavras conhecidas para aumentar a compreensão, e não o volume da voz. Não fale gritando de outros aposentos da casa. É importante estar perto para uma boa comunicação. Antes de começar a falar chame a atenção da pessoa de forma que ela saiba que você quer se comunicar e mantenha o contato visual ao falar. Use linguagem corporal para enfatizar seus sentimentos facilitando assim a comunicação. Durante as conversas, certifique-se de que não existe ruído ou barulho ambiente que possa impedir o deficiente de ouvir o que esta sendo dito. Já as crianças devem se posicionar no meio da sala de aula, sentando-se à frente. Isso facilita a comunicação entre usuários de aparelho auditivo, familiares e amigos, melhorando sua qualidade de vida”, completa o especialista.

Fonte: www.jmonline.com.br


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