O que pode causar a perda auditiva?

As causas mais comuns em jovens e adultos são por exposição ao ruído, por fone de ouvido (música ou jogos), trabalhar sem proteção a sons altos (EPIs como fone de inserção – plug ou concha), ou também infecções auditivas - otites.

Algumas otites são causadas em adultos pela má higiene auditiva ou até mesmo por tentar limpar o ouvido demais, e acabar ferindo o conduto auditivo com as hastes flexíveis ou materiais não adequados, como grampos e chaves.

Mas isso não impede de que crianças não tenham perdas auditivas. Muitas são causadas por otites recorrentes, como também por uso prolongado de medicamentos ototóxicos.


Existem também, as perdas auditivas congênitas, aquelas onde a pessoa nasce ou adquire a perda auditiva por decorrência de uma doença como meningite ou rubéola.

Como reconhecer a perda auditiva?

Começando pela perda em crianças, percebemos quando elas começam a ter dificuldades escolares, como também as mães relatam que chamam a criança várias vezes até serem respondida. A TV e rádio com volume aumentados, também fazem com que percebamos que existe algo de errado na audição dessa criança.

Nos adultos, percebemos a perda auditiva quando relatam a dificuldade em acompanhar conversas, aumento de televisão e rádio. Mas algo importante é que, geralmente, as pessoas mais velhas (adultos e idosos) acabam se isolando do convívio social por não conseguirem conversar ou por vergonha de ficarem perguntando toda hora “hã”, “o quê”, “repete por favor”, “fala mais alto”.

Devemos nos prevenir de perda auditiva quando, ao estar em locais barulhentos, principalmente ocupacional, usar sempre o protetor auditivo adequado, seja ele de inserção (plug) ou concha. Cada local, bem assessorado pela equipe da segurança do trabalho, sabe qual protetor auricular usar em cada caso.

Sabemos também que os jovens costumam usar fones de ouvido com mais frequência, seja para ouvir música ou para jogar videogame, porém devemos alertá-los dos prejuízos causados pela perda auditiva. No celular, existe um alerta bem claro, que o aumento excessivo do volume causará prejuízo auditivo e deve ser bem observado.

 Já no caso de perda auditiva por otite, deve-se sempre procurar um médico otorrinolaringologista, para que cuide da sua audição e que forneça o melhor tratamento para que não ocorram maiores prejuízos.

Em alguns casos de perda auditiva por otite, ou como chamamos condutiva, pode-se haver regressão da perda, quando a otite é bem tratada.

Mas infelizmente os casos de perda por ruído, são neurossensoriais, onde as células que se perderam não se regeneram mais. Nesses casos a perda não é regressiva.

Em ambos os casos, é aconselhável procurar um médico otorrinolaringologista, para analisar qual seria o tratamento mais adequado e, se for necessário, usar aparelho auditivo.

O aparelho auditivo devolve a qualidade auditiva e, assim, a qualidade de vida àquele paciente que deixou de entender o que lhe era dito, seja criança em idade escolar, seja aquele adolescente que precisa conversar com amigos e estudar também, ou aquele adulto que necessita escutar no trabalho, ou até o idoso que se isolou da família por não acompanhar mais as conversas.

 A perda auditiva é avaliada através do exame de audiometria tonal, realizada em cabine audiométrica, onde poderá se quantificar quanto a pessoa está ouvindo ou já perdeu de sua audição.

Realize exames audiológicos anualmente para acompanhar sua perda auditiva e, se necessário, ajustes no aparelho auditivo.


Fonoaudióloga Camila de Souza e Castro

CRFª:2-15110