Por Direito de Ouvir

22 de March de 2017

Hastes flexíveis podem prejudicar audição do bebê

Conheça cuidados importantes para limpar a orelha das crianças

22 de March de 2017


Conheça os riscos de limpar o ouvido da criança com hastes flexíveis, e aprenda qual é o jeito correto de fazer a higiene com dicas de otorrinolaringologistas. Limpar o ouvido da criança com hastes flexíveis e sem orientação médica pode comprometer a audição e causar perfuração do tímpano. Por isso, é preciso ficar atento no momento da higienização para evitar problemas futuros. “A limpeza malfeita pode empurrar a cera para o interior do ouvido, provocando dor, inchaço e até surdez”, diz Fayez Bahmad Jr, otorrinolaringologista e Presidente da Associação de Otorrinolaringologistas do Distrito Federal.

Hastes Flexíveis

Deixe de lado as hastes flexíveis, pois elas removem por completo a cera, o que não é recomendado. “Eles podem causar traumatismo, além de ocasionar a retirada da cera, que serve como proteção natural dos ouvidos. Prefira a limpeza com toalha macia”, afirma José Stênio, otorrino do Hospital Alvorada Brasília.

 

Exames auditivos

Associação Brasileira de Otologia recomenda que os pais levem os pequenos anualmente ao médico para realizar exames de audição. “Nos primeiros meses de vida é obrigatório o teste da orelhinha para avaliar a saúde auditiva. Quanto à higienização, deve ser orientada pelo pediatra a cada consulta de rotina”, diz Stênio.


Como limpar o ouvido da criança?

Movimentos delicados são essenciais para a higienização. “Os pais devem realizar a limpeza da orelha externa com água e sabonete, da mesma forma como lavamos nosso rosto. A água e o sabonete têm o efeito de dissolver o excesso de cerume no canal auditivo e impedir rolhas de cera. Para secar, toalha macia”, afirma Bahmad.

Inflamações e dores de ouvido

Caso a criança sinta dor ou coceira no ouvido é preciso buscar auxílio médico com urgência. “Em caso de inflamação deve-se procurar um médico otorrinolaringologista. Evite usar medicações de pingar no ouvido e a automedicação com antibióticos. Tome cuidado também com água no ouvido doente e medicação analgésica, como paracetamol ou dipirona, até o contato rápido com o médico”, diz Stênio.

Os cuidados devem ser redobrados porque, por uma questão fisiológica, as crianças são mais propensas a terem infecções de ouvido que os adultos. Isso acontece porque bactérias presentes no nariz e na garganta podem parar nas tubas auditivas quando as crianças bocejam ou engolem.

Quando a tuba está inchada por conta de um resfriado ou alergia – o que é muito comum na infância – não consegue escoar secreções, o que torna o ambiente ainda mais propício para infecções de ouvido. Outro problema é que as tubas das crianças são mais curtas que a dos adultos, facilitando ainda mais esse processo. Os bebês que mamam deitados também têm mais chances de desenvolver o problema por conta dessa ligação – por isso é importante evitar essa posição durante a amamentação. Descubra mais sobre isso aqui.

Esqueça as soluções caseiras

Basta uma busca na internet, e até em algumas farmácias para encontrar todo tipo de mecanismo para limpar ouvidos. De bambu a velas para a limpeza e até modernos aparelhos importados. “Alguns povos achavam que introduzir urina ou leite no conduto auditivo externo seria também um meio de resolver a dor de ouvido. Mas graças ao avanço da ciência, todas essas técnicas entraram em desuso, e hoje sabemos que as antigas maneiras de se higienizar as orelhas geravam um aumento do risco de perfuração do tímpano e outras consequências maléficas”, diz Bahmad.

Vale lembrar que apenas um otorrinolaringologista está capacitado a de fato “limpar” o ouvido e orientá-lo neste sentido. Esqueça essas soluções caseiras que podem piorar os problemas auditivos.

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