Por Direito de Ouvir

05 de March de 2016

Otosclerose: Tire Suas Dúvidas

Estima-se que 10% da população adulta tenha algum sintoma de otosclerose

05 de March de 2016


Especialistas estimam que 10% da população adulta em todo o mundo tenha algum sintoma de otosclerose, doença em  que o crescimento anormal nos ossos do ouvido imobiliza o estribo, provocando surdez. Tire suas dúvidas e saiba tudo sobre o problema.


O que é a otosclerose?

Causa comum de surdez, a otosclerose também pode ser chamada de otospongiose. É uma doença provocada pelo crescimento anormal de tecido ósseo, impedindo a movimentação do estribo. Uma vez imobilizado, esse osso não consegue fazer a condução das vibrações sonoras da orelha média para a orelha interna. Os focos de ossos endurecidos ainda podem se instalar ao redor da cóclea, comprometendo também a transmissão dos impulsos nervosos para o cérebro.

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Como acontece a otosclerose?

A  otosclerose é considerada uma doença hereditária, que pode acometer tanto homens quanto mulheres – apesar de ser mais comum em mulheres e caucasianos.

Ela acontece por uma falha na formação das estruturas ósseas da orelha e afeta o menor dos 3 ossículos da audição, o estribo. O crescimento anormal de ossos na orelha média e interna vai paralisando os movimentos do estribo. Com isso, a vibração sonora não chega à cóclea e nem é transmitida para o cérebro. Uma surdez que é chamada de condutiva.



Quando ela ocorre?

A otosclerose costuma se manifestar por volta dos 20 ou 30 anos e tende a piorar com a gravidez. Em 70% dos casos, ela afeta apenas um ouvido – e também pode ser acompanhada de zumbido.

Quais os sintomas de otosclerose?

O principal sintoma da otosclerose é a perda auditiva gradual, na maioria dos casos. Normalmente, quem sofre deste problema começa a sentir dificuldade para ouvir sons de baixa frequência. Isso pode vir acompanhado de tontura ou zumbido. Conheça mais sobre o assunto.

Como é o diagnóstico da otosclerose?

O diagnóstico é feito por um otorrinolaringologista. Ele vai avaliar os sinais da doença, o histórico familiar e solicitar alguns exames. Normalmente, o principal deles é uma audiometria tonal, mas a impedanciometria também pode ser solicitada. Com esses testes, o especialista poderá verificar se realmente houve a paralisação do mecanismo de transmissão sonora no ouvido.

Como é o tratamento de otosclerose?

Em muitos casos, o aparelho auditivo pode ajudar as pessoas com otosclerose. Em outros, medicamentos são usados para reduzir a evolução da doença. Mas para muitas pessoas a solução está na cirurgia.


Como é a cirurgia?

Normalmente, a cirurgia substitui o estribo por uma prótese. Durante o procedimento, que é realizado sob anestesia geral ou local, o médico utiliza um microscópio cirúrgico, para remover o estribo defeituoso e introduzir no lugar uma prótese de teflon ou titânio (cerca de 4 milímetros) para restabelecer o fluxo das vibrações sonoras.

Como toda cirurgia, esta pode apresentar riscos, como distúrbios de paladar, perda de audição, problemas na face, perfuração do tímpano e zumbido.

Mas a cirurgia tem um grande índice de sucesso. No pós-operatório, os especialistas recomendam que sejam evitados atividades físicas, viagens aéreas, mergulhos e qualquer mudança na pressão.


Conheça aqui a história da professora de educação física Liliana Peliciari, que tem otosclerose e usa aparelho auditivo!


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