Por Direito de Ouvir

03 de October de 2016

Teste da Orelhinha: prevenção da perda auditiva

Exame obrigatório é capaz de detectar problemas auditivos nos bebês

03 de October de 2016


O teste da orelhinha ou triagem auditiva neonatal é um exame obrigatório por lei que deve ser realizado em todas as maternidades após o nascimento do bebê. O exame é capaz de identificar se ele possui algum problema auditivo e é feito rapidamente, assim como o teste do pezinho.

A fonoaudióloga e Diretora Técnica da Direito de Ouvir , Andrea Varalta Abrahão explica porque o exame é tão importante para garantir o desenvolvimento saudável da criança.

Desde agosto de 2010, a Triagem Auditiva Neonatal passou a ser obrigatória em todas as maternidades. Antes disso, os testes eram realizados apenas em crianças de grupos de risco, como prematuros, crianças com baixo peso, que possuem alguma síndrome ou que tiveram alguma infecção durante seu desenvolvimento na gravidez.

Com isso, muito bebês perdiam a oportunidade de terem uma deficiência auditiva diagnosticada precocemente e serem logo encaminhados para tratamento.

Por que ouvir bem é importante para a criança?

Segundo a fonoaudióloga, ouvir bem é essencial para o desenvolvimento da linguagem da criança. Ela explica que a partir do quinto mês de gestação, quando o órgão auditivo já está formado, o bebê é capaz de ouvir os sons de fora da barriga. “Assim quando ele nasce, identifica os sons e principalmente a voz da mãe.

Com o passar dos primeiros aninhos de vida, a linguagem se aprimora. Os bebes que têm a deficiência identificada logo após o nascimento, podem ser imediatamente encaminhados para atendimento especializado. A boa notícia é que atualmente há tecnologia para praticamente todos os casos, permitindo que o bebê seja protetizado precocemente e tenha acesso ao som, desenvolvendo sua comunicação de uma forma muito parecida com uma criança ouvinte.”

Como é feito o Teste da Orelhinha?

Rápido e indolor, o exame muitas vezes é realizado enquanto o bebê está dormindo explica a especialista da Direito de Ouvir. “O procedimento é pouco invasivo e os pais podem acompanhar. Encostamos na orelha da criança um pequeno fone de ouvido que emite um som de baixa frequência e mede as respostas que são emitidas pela orelha interna da criança”.

Quando há diagnóstico positivo o bebê é encaminhado para o médico otorrinolaringologista, que irá orientar o melhor tratamento para o problema.

Para a fonoaudióloga, não identificar um déficit auditivo precocemente, além de prejudicar a formação da linguagem, é algo que costuma comprometer o desenvolvimento social e emocional da criança. “Quanto mais tarde o diagnóstico for feito, maiores serão os desafios para a criança transpor, pois, terá dificuldades quando chegar a hora de ir para escola e para interagir com a família e com outras crianças”.

Quais problemas podem ser constato com o exame?

Ele acusa eventuais anormalidades na cóclea, região do ouvido cheia de células ciliadas, cuja função é captar ondas sonoras. Uma vez danificadas, estas unidades não são repostas pelo organismo.

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