Como encarar a perda auditiva?
OMS aponta que 800 milhões de pessoas no mundo têm perda auditiva
Televisão muito alta, repetição de perguntas, dificuldade para falar ao telefone, isolamento e depressão, estes são alguns sintomas indicativos de perda auditiva, especialmente em pessoas idosas. O problema é comum também entre jovens, podendo ser congênito ou causado por acidentes, doenças e até mesmo pela exposição ao som alto. Independentemente da causa, sempre há uma solução para minimizar ou até mesmo reverter o problema, a partir de tratamentos e da tecnologia disponível.
“Muitos pacientes convivem com a perda auditiva e não percebem que têm o problema. Outros até sentem uma perda gradativa, mas evitam encarar o problema por medo de sofrerem preconceito, adiam a visita ao médico e acabam agravando o problema” afirma a fonoaudióloga Andréa Abrahão.
Segundo a especialista, o agravamento da perda auditiva poderia ser evitado caso as pessoas tivessem mais acesso a informações. Um simples exame de audiometria, por exemplo, identifica o problema em segundos e, a partir dele, a pessoa pode ser encaminhada para o tratamento mais adequado. “Ter a audição reabilitada significa muitas vezes recuperar a autoestima e qualidade de vida. O fato de os aparelhos atuais serem mais acessíveis, mais confortáveis e muito mais discretos é uma característica importante, pois muitas pessoas deixam de usar o aparelho por vergonha.”
Perda auditiva pode desencadear depressão
Além de proporcionar ao paciente a oportunidade de melhorar sua audição, a reabilitação auditiva também afeta no aspecto emocional e qualidade de vida. “A incapacidade auditiva pode levar ao isolamento social e em casos mais graves até a depressão, pois a pessoa nessa condição costuma passar com frequência por situações constrangedoras”, explica a fonoaudióloga. Saiba mais sobre a relação entre a perda auditiva e a depressão.
Além da utilização do aparelho auditivo, o apoio da família também é um aspecto que colabora para que o paciente se sinta mais confortável e motivado em enfrentar o problema. “Graças ao avanço tecnológico, é possível hoje uma pessoa com mais de 60 anos ter uma qualidade de vida excelente e com saúde, basta apenas procurar um especialista logo que os primeiros sinais de perda auditiva surgirem”, ressalta Andréa.
Sintomas e tratamentos
As opções disponíveis no mercado para o tratamento da perda auditiva são os aparelhos auditivos, mais conhecidos pela maioria e que aperfeiçoam a qualidade do som; o implante coclear, também conhecido como ouvido biônico e que é indicado para quem possui danos auditivos mais severos; e os implantes de ouvido médio, que captam o som e o converte em vibrações mecânicas. Apenas um especialista pode indicar o modelo e tratamento mais adequados para cada caso. Porém, antes disso, vale ficar atento aos sintomas:
- Assiste televisão com o volume muito alto e as pessoas reclamam do volume
- Pede sempre que as pessoas repitam várias vezes o que disseram
- Possui dificuldade para se comunicar em locais com ruído, como festas, carro ou ônibus
- Dificuldade em escutar sons de aparelhos como telefone ou relógio
- Costuma interpretar a fala das pessoas através da leitura labial
- Muitas vezes não consegue escutar quando uma pessoa está muito longe
Aparelhos Auditivos menores e com mais recursos
Até pouco tempo, os aparelhos auditivos eram considerados indiscretos e desconfortáveis. Hoje, graças ao avanço da tecnologia é possível encontrar uma grande variedade de produtos que atendem diferentes necessidades, são mais eficientes, discretos e ergonômicos. O aparelho Resound Linx, por exemplo, é considerado o mais inteligente do mundo, sendo capaz de atender 90% dos pacientes com perdas auditivas, inclusive aquelas mais severas.
Extremamente compacto, ele possui o dobro de potência quando comparado aos aparelhos convencionais e conta com tecnologia wireless, para captação do som de aparelhos como celulares, sem a necessidade de fios. Alguns modelos ainda permitem que o paciente ajuste a frequência do aparelho, ideal para maximizar a audição quando necessário ou até mesmo reduzir o barulho em situações cotidianas.