Por Direito de Ouvir

25 de December de 2012

Conheça a ciência por trás dos aparelhos auditivos

Os aparelhos auditivos trazem bem ­estar e autoestima para os usuários

25 de December de 2012


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de deficiência auditiva. Já o parâmetro utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indica um contingente maior, em torno de 30 milhões de pessoas que necessitam usar aparelhos auditivos.

De fato, os problemas auditivos são bem presentes no País e tendem a se agravar diante da intensa exposição da população urbana aos ruídos e até mesmo a alguns tipos de tecnologias sonoras. Vale destacar também o fator demográfico, que indica que o Brasil, dentro de algumas décadas, será um país predominantemente formado por idosos — perfil da população que mais sofre com problemas auditivos.

Diante deste cenário, faz­-se necessária uma compreensão cada vez maior das particularidades que envolvem o mercado de aparelhos auditivos. Tecnicamente chamado de aparelho de amplificação sonora individual (AASI), este dispositivo não tem a missão de corrigir por completo os problemas de audição, mas, conforme sua descrição, de amplificar as ondas sonoras.

“A responsabilidade de indicar o uso do aparelho é do otorrinolaringologista. Em seguida, entra o papel do fonoaudiólogo, que faz a seleção e adaptação do dispositivo”, explica Karen Cristina Borba Ferreira, fonoaudióloga da Direito de Ouvir Amplifon Brasil – empresa pertencente à italiana Amplifon, líder mundial em varejo de aparelhos auditivos.

O diagnóstico que comprova a necessidade do uso de um aparelho auditivo provém de exames como a audiometria, logoaudiometria e imitanciometria. Com base neles, é possível identificar qual é o aparelho mais apropriado para o paciente. “Esta definição é baseada em informações como o grau e tipo da perda auditiva, anatomia do conduto auditivo, presença de infecções, destreza manual, estética e acuidade visual”, esclarece Karen.

Atualmente, os principais aparelhos de audição disponíveis no mercado são: retroauricular, mini­retroauricular, intracanal, micro canal, receptor no canal, adaptação aberta e intra-auricular.  Os benefícios dos aparelhos auditivos são diversos e agem diretamente no bem ­estar e autoestima de quem os usa. “Com ele, a pessoa redescobre o prazer de encontrar os amigos e familiares, sente­-se mais confiante no trabalho e passa a melhor aproveitar os momentos de lazer. Por isso, quanto mais é prorrogada a decisão da adoção da prótese, maior será a dificuldade do cérebro em reconhecer os sons”, observa a fonoaudióloga da Direito de Ouvir.

Como é a adaptação aos aparelhos auditivos?

Para a especialista, na maioria das vezes, a adaptação ao aparelho auditivo requer paciência, pois com o uso das próteses o paciente começará a captar sons que antes não ouvia. Ela explica que pode levar algum tempo para que o cérebro comece a reconhecer estes sons de forma amplificada. “Durante o processo de adaptação, é fundamental a realização de ajustes no dispositivo. Além disso, esta etapa também requer o apoio e a persistência familiar”, ensina Karen. “Ações simples, como falar de frente para o paciente, não colocar a mão dele sobre o rosto e não falar rápido e alto, ajudam muito nesta fase”.

Com relação à conservação do aparelho, este é um capítulo à parte. Karen pontua que o dispositivo não pode sofrer quedas e nem ser molhado, afinal, trata­-se de um componente eletrônico. Assim, o mesmo deve ser colocado em orelhas ausentes de cera e água e, caso haja a necessidade de medicação tópica, o aparelho não deve ser utilizado. Quanto ao acondicionamento, vale guardá-­lo em alguma caixa ou estojo, fora do alcance de crianças, animais domésticos, protegidos contra umidade e luz solar direta.

Outro ponto para conservar o aparelho está relacionado com a higienização. “A limpeza do aparelho auditivo deve ser feita diariamente com um pano seco, lenço de papel para retirar o suor, ou a umidade que possa existir. Deve-­se escovar a ponta do aparelho [saída de som/filtro de cera] com delicadeza e cuidado, para que não aconteça a perfuração do mesmo. E nunca deve ser utilizado álcool ou outros produtos de limpeza”, alerta Karen.

Os aparelhos auditivos têm vida útil entre três e cinco anos, mas este período pode ser maior ou menor conforme os cuidados que o paciente tiver com a prótese e de acordo com as revisões periódicas, necessárias para ajustar falhas como microfonia (quando fica apitando), aparelho mudo ou com chiado, som abafado, dentre outros.

Quais são os sinais da perda auditiva ?

Diversas são as causas dos problemas com a audição. Elas podem surgir por fontes sonoras, como fones de ouvido, tiros, explosões ou ruídos elevados no ambiente de trabalho, e também por fraturas craniadas. Durante a gestação, doenças como rubéola, sífilis, toxoplasmose e herpes também são fatores, além da ingestão de remédios ototóxicos, drogas e álcool por parte da mãe. Carência nutritiva e pressão alta são outros motivos que desencadeiam deficiências auditivas.

Quanto aos sinais de perda auditiva, a fonoaudióloga da Direito de Ouvir lista as principais características e comportamentos de quem está com o problema. ­

  • Dificuldade em ouvir, compreender conversas individuais e em grupos;
  • Dificuldade em falar ao telefone;
  • Dificuldades para acompanhar conversas com ruído de fundo;
  • Dificuldade em identificar de onde os sons estão vindo;
  • Ouvir música ou TV em um volume mais elevado do que outras pessoas ­;
  • Pedir para repetir com frequência o que lhe é falado.

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