Por Direito de Ouvir

23 de March de 2017

Perda auditiva aumenta risco de queda em idosos

Problemas auditivos e equilíbrio têm uma delicada relação. Saiba mais!

23 de March de 2017


No Brasil, cerca de 30% dos idosos sofrem quedas pelo menos uma vez ao ano. O risco deste tipo de acidente pode ultrapassar 50% entre as pessoas acima de 85 anos.

Em alguns casos, as quedas podem provocar complicações pós-cirúrgicas, como bloqueio da artéria pulmonar, riscos cardíacos e infecções de maneira geral. Dependendo do tipo de fratura que ocasionam, podem levar até à morte.

Entre as múltiplas causas das quedas estão as perdas auditivas.

Um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins apontou que, além de estarem relacionadas a problemas como a demência, as perdas facilitam este problema: cada dez decibéis a menos ouvidos aumentam as chances de um idoso cair em 1,4 vezes.

Para determinar essa correlação, os pesquisadores do Instituto Nacional do Envelhecimento utilizaram os dados de cerca de 2 mil pacientes com idades entre 40 e 69 anos que, durante testes de audição, responderam um questionário sobre quedas.

A análise indicou que mesmo idosos com perdas auditivas de 25 decibéis, consideradas leves, eram quase três vezes mais propensos a ter um histórico de queda.

Isso acontece porque as pessoas que não escutam bem não tem uma boa percepção do ambiente que as cerca, o que contribui para as quedas.

Outra razão que pode aumentar o risco de quedas é a carga cognitiva: o cérebro está sobrecarregado com exigências, mas tem recursos limitados. É que andar e manter o equilíbrio podem parecer coisas simples, mas demandam muito cognitivamente. Com a perda da audição, os recursos cognitivos que contribuem para esse processo diminuem, dificultando a manutenção do equilíbrio e do caminhar.


Aparelhos auditivos e equilíbrio

Um estudo realizado pela Universidade de Medicina de St. Louis, em  Washington, nos Estados Unidos, apontou que idosos com problemas auditivos apresentaram melhor equilíbrio com o uso de aparelho auditivo em ambos os ouvidos.

Testes de equilíbrio foram realizados com  14 pessoas na idade de 65 a 91 anos. Durante as provas, os participantes foram testados com e sem os aparelhos auditivos ligados.

Os pesquisadores também colocaram os idosos em exposição aos chamados ruídos brancos, que são semelhantes ao som de estática de rádio. Entre as diversas tarefas propostas, estavam se posicionar em um bloco de espuma e permanecer com um pé na frente do outro. Todas as tarefas foram realizadas com os participantes vendados e o tempo de permanência deles em cada uma das provas foi calculado com os aparelhos auditivos ligados e desligados.

O resultado dos testes mostrou que as pessoas analisadas conseguiram conservar seu equilíbrio por um período mais longo quando seus aparelhos auditivos estavam ligados. Mesmo os participantes que tiveram mais dificuldade de manter seu equilíbrio, tiveram um tempo melhor quanto estavam com seus aparelhos ligados.

No teste do bloco de esponja, por exemplo, o tempo médio de equilíbrio foi de 17 segundos com o aparelho auditivo desligado e 26 segundos com o dispositivo ligado. No outro teste, o tempo de equilíbrio duplicou de 5 para 10 segundos quando os aparelhos auditivos estavam ligados.

Benefícios do aparelho auditivo

A melhoria do equilíbrio é apenas um dos muitos benefícios dos aparelhos auditivos. Quer saber mais? Confira cinco bons motivos para que as pessoas com perda auditiva façam uso deste dispositivo.

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