Por Direito de Ouvir

27 de March de 2017

Inteligência artificial faz leitura labial melhor

Sistema de inteligência artificial lê lábios melhor que humanos

27 de March de 2017


Cientistas da Universidade de Oxford inventaram um sistema de inteligência artificial que pode ler os lábios melhor do que os seres humanos. O sistema, que foi treinado nos programas da BBC News, foi desenvolvido em colaboração com a divisão do Google DeepMind AI.

Batizado de "Watch, Attend e Spell" (algo como Veja, Assista e Soletre), o sistema consegue analisar a fala silenciosa e obter cerca de 50% das palavras corretas. Isso pode não parecer muito impressionante - mas quando os pesquisadores forneceram os mesmos clipes para os leitores profissionais, eles receberam apenas 12% das palavras corretas.

Joon Son Chung, um estudante de doutorado no Departamento de Engenharia da Universidade de Oxford, explicou que a leitura representa um desafio, principalmente no caso de palavras que têm pronúncias semelhantes. Nestes casos, o contexto é que faz a diferença. A inteligência artificial vai aprendendo como a leitura labial e isso se conectam.

Para ajudar no estudo, a BBC forneceu aos pesquisadores de Oxford gravações de diversos programas de notícias, com legendas alinhadas com os movimentos dos lábios dos apresentadores e/ou entrevistados. Em seguida, uma rede neural vê a imagem e trabalha para reconhecer a fala.

Atualmente, o computador tem 17.500 palavras armazenadas em seu vocabulário. Só que por ter aprendido com base na linguagem jornalística, ele usa muitos jargões televisivos e tem mais dificuldade de identificar linguagens mais coloquiais.

Segundo os pesquisadores, muito precisa ser feito ainda até que o computador possa ser colocado em uso. Mas, de uma maneira geral, essa inteligência artificial ajudaria a melhorar a precisão de legendas de TV e também ajudaria quem tem dificuldade de ouvir. Leia mais sobre a pesquisa aqui.

Tecnologia pode transformar a vida das pessoas com deficiência auditiva

O desenvolvimento de novas tecnologias é realmente muito importante para quem tem perda auditiva. Se não tivesse acesso a uma mochila que envia  frequências graves para as suas costas, fazendo com que ele sinta a vibração e afastando todos os outros ruídos, Robbie Wilde, que é surdo, não poderia trabalhar como DJ.

Com apenas sete anos, o DJ teve uma infecção no ouvido e ficou com apenas 20% de capacidade no ouvido esquerdo. Para trabalhar com o que gosta, teve de se superar. E acabou se tornando realmente especial, trabalhando com a leitura labial, a vibração da música e a medição das performances em seus aparelhos para poder praticar o ofício. Conheça a história completa dele aqui.


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